A vida, a vida bem que nos prega umas peças
né!? Somos tão acomodados em nossa zona de conforto, em nosso mundo imaginário;
na ilusão de sermos seres inatingíveis(?); põe ilusão nisso. Evitamos a todo
momento nos abrir a alguém; na tentativa de evitar o sofrimento e a dor da
perda, seja de um amigo ou um ‘amor’. Eis que, quando menos esperamos, lá
estamos nós tentando uma vez mais (ainda bem né!?), na esperança de que, com
esta pessoa, tudo vai ser diferente; até que é, por um tempo, ou melhor, a
história é diferente, afinal, cada momento, pessoa e relacionamento é único. Porém,
no fim, o que acontece? Você se desaponta, faltou algo (sempre falta), cada um
vai para um lado diferente.
O ser humano, dentre suas falhas, apresenta
duas que considero ‘interessantes’: a capacidade de se iludir com tudo aquilo
que lhe faz bem, com um certo tom de idealismo; e a capacidade de nunca estar
satisfeito com o que têm – para umas coisas isso é até bom, pois mobiliza-o a
seguir e conquistar algo ‘melhor’ –, porém na maioria das vezes, essa
necessidade de querer sempre mais, de sempre lhe faltar algo, por ventura,
acaba deixando-lhe escapar uma possível chance de ser feliz (curto ou longo
prazo).
Numa palestra que assisti sobre Reforma Íntima,
ouvi a palestrante mencionar que devemos buscar as mudanças em nosso interior e
não no exterior. Trazendo para minha experiência pude que na prática não
acontece bem assim. Falamos tanto em relações ideais, as quais superam o que se
apresenta por fora e adentra naquilo que de fato somos, temos a oferecer e no
sentimento (que sentimento?). Daí, quando possivelmente estamos em uma relação deste
tipo, estamos felizes (estamos?). Mentira! Infelizmente, para uns, a felicidade
AINDA NÃO ESTÁ COMPLETA. Como assim!? Afinal o que falta? Temos o defeito de
sempre desejar aquilo que não temos e buscar isso nas pessoas que surgem em
nossas vidas – uma busca inacabável. Até quando continuaremos a idealizar e não
aceitar o que de fato temos? Tentar de fato é tentar? Me refiro a uma possível
tentativa de aceitar o outro e seguir em frente em prol de uma possível
felicidade.
Não existe alguém completo, pessoa perfeita,
certa ou príncipe encantado. O mundo real é esse.... Esse mesmo! O mesmo mundo
que tanto reclamamos, mas pouco fazemos para mudar algo.
Enfrentar esse idealismo e dar de cara com o
real é difícil, mas necessário se buscas algum tipo de felicidade no mundo
real; aceitar as pessoas como são, sem tirar nem pôr.
Se algo lhe faz mal, se afaste, mas não deixe
que esse sentimento cause um dano ainda maior na vida do outro. Nossas ações
não inferem apenas em nossas vidas, mas resultam em consequências a nível micro
e macro, afinal, vivemos numa sociedade (ou não?). Vamos viver, aceitar o mundo
e as pessoas, promover alegria, paz, liberdade, e acima de tudo, nos aceitar.
Devemos fazer um estudo de nós mesmos, um autoconhecimento. Somente assim,
iremos nos aceitar e, posteriormente, aceitar o outro como é; estar preparado
para iniciar uma relação de verdade.
Sejamos pacientes, pois as coisas não acontecem
no nosso tempo; hoje pode parecer o pior dia que já se viveu, amanhã, toda essa
dor pode ter ido embora e, com um outro evento, justificar o dia de ontem, como
a coisa mais simples que já se viveu. Vamos viver!!!
Obrigado pela leitura caro leitor!
Que Deus ilumine cada um de vocês!
Autor: Igor Henrique
Farias Santos
Data: 25/08/2015